Saturday, November 20, 2004

Outono

Do aconchego do meu quarto posso ver a chuva a caír lá fora, e a limitação que ela provoca nos condutores e nos peões... O vento desafia cada portador de guarda-chuva, fazendo juz, ou não, às argumentações acerca da resistência dos ditos protectores, proferidas pelos vendedores ambulantes.As estradas são lavadas com água e óleos residuais, deixados pelos carros que passaram na inspecção sabe-se lá como! As árvores vão-se despindo progressivamente, num verdadeiro jogo de sedução, aumentando o trabalho dos varredores de rua, acizentando este e todos os Outonos por cá. Guarda-chuvas, cachecóis, casacos, sobretudos, camisolas com e sem gola alta, botas, meias grossas e muitos outros acessórios, tornam-se indispensáveis a partir desta data. Troca-se um romântico passeio pela praia com o por-do-sol/nascer do sol no horizonte, por uma cómoda estadia no quarto, com vista para a chuva, escutando-a entre os lençóis, música de fundo... Trocam-se os gelados pelo chocolate quente. A poncha, esse néctar apetecível, passa a ter mais pretextos para ser bebida, aquecendo-nos e expulsando eventuais constipações típicas da época.É também por esta altura que começo a fazer atletismo, grandes sprints de 100 e 200 metro, às vezes até mais! Para quê correr se chego molhado na mesma? Do aconchego do meu quarto posso ver que o strip das árvores continua e este ciclo repetir-se-á com outras folhas de árvores, com outras pessoas, neste MUNDO... miau

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