Thursday, December 21, 2006

sonho

fecho os olhos e adormeço
mergulho no mundo da fantasia
o verdadeiro mundo das ilusões
abro os olhos e esqueço
regresso à luz do dia
quero voltar à penumbra
pois tudo aquilo me deslumbra
preciso acordar de vez
e acabar com a rês
procuro a razão
mas só ouço o coração

Wednesday, December 20, 2006

a vida é uma sucessão de sentimentos, momentos e acontecimentos
deixa-nos fartos e sedentos de tudo e de algo mais
de algo que complemente o que temos e de algo que reforce o que vivemos
nunca estamos satisfeitos
ou temos demais ou temos muitos ais
esta própria escrita reflecte isso mesmo
reflecte que não sou imparcial
reflecte que não me abstraio do sentimento
o sentimento é isso mesmo não nos deixa soltar
prende-nos ao nosso âmago o que é bom e mau
outra vez realço a dicotomia do pensar, do escrever, sentir...
eu não queria rir por chorar mas antes chorar por rir...

Friday, October 13, 2006

tempo

gasta-se o tempo
escreve-se na memória
aproveita-se o momento
de uma bela história

O tempo anda sempre para a frente, implacável e preciso
as nossas memórias andam para trás, umas vezes mais, outras menos,
mas sempre com saudade, essa palavra portuguesa, sentimento universal!

Thursday, June 29, 2006

O Amor...

“O amor sem palavras, ou a palavra amor sem amor, sendo amor ou, a palavra ou, sem substituir nem ser substituída por, se, a palavra se, sem ser designada ou dignificada por, o amor, entre se e o que se chama amor como se amasse esse pedaço de papel escrito amor, somasse o amor ao nome amor onde ecoa, o mar onde some o mar onde soa a palavra amor, sem palavras.”

Arnaldo Antunes

Tuesday, June 06, 2006


A beleza está sempre presente, acontece que muitas vezes não a vemos. Não a vemos porque estamos preocupados com outras coisas, porque não a queremos ver, subjugando-a, subestimando-a, tornando-a ainda mais bela aos olhos dos outros e mais intrigante aos nossos olhos!
A beleza não é o que mais belo aparenta mas sim o que mais verdadeiro é...

Monday, May 22, 2006

chuva


Chuva, afasta-te do meu horizonte. Leva o teu bater violento e as tuas gotas venenosas que se alastram no meu telhado.

Wednesday, May 03, 2006

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades


Há pouco enquanto passava perto da Prisão de Aveiro, ouvi uma rapariga a gritar pelo pai, supostamente recém recluso, presumi eu, ou então apenas mais uma visita rotineira em que o sentimento paternal veio ao de cima!
Há pouco mais de uma semana celebrou-se mais um 25 de Abril, onde a abordagem da temática liberdade é um lugar comum, fazendo-me reflectir que cada vez há mais criminosos-inocentes, ao contrário de tempos idos em que os inocentes-criminosos abundavam...
Mudam-se os tempos mudam-se as liberdades...

Monday, April 24, 2006

Atacar com cravos e defender a liberdade

Há cerca de 32 anos atrás Portugal mudava de face, mudava de regras, de ideologias, de tolerância, de identidade e acima de tudo mudava de liberdade!

Tuesday, March 28, 2006

CINDY KAT

"Importa acreditar que o mundo pode ser salvo por canções. Palavras que por mistério se ligam a sons e constroem paisagens, ânsias, protestos, desejos."

Thursday, March 09, 2006

Drowning...

I'm drowning myself, because... why?
Maybe because I'm swalling water too fast and more and more...
This has to stop, I have to stop drowning my self, I can´t swallow so much water...
Enough!

Monday, February 27, 2006

Dança comigo

Amar alguém não é ter uma música em comum em que se dança com um sorriso na cara, um sentimento carregado e uma atenção redobrada.

Quando se ama, todas as músicas são hinos ao nosso coração, são acompanhamentos dos nossos beijos, embalando-nos espontaneamente, cúmplices da harmonia existente. A música pode não estar audível mas está presente sempre que estamos juntos.

Nós constituímos a clave de sol, de fá
semi-colcheia e sei lá o que mais há
As notas seguem-nos por toda a parte
e deixamo-nos seduzir por tamanho atrevimento
Deixá-las vibrar é uma arte
qué é conduzida pelo sentimento

Quero dançar...


Wednesday, January 18, 2006

A língua portuguesa é muito traiçoeira

Eu sempre fui tímido, característica que me deixou muitas vezes embaraçado, até que hoje descobri que afinal sou atrevido! O dicionário assim o comprova:

tímido = acanhado = apertado = estreito = restrito = determinado = decidido = resolvido = combinado = ajustado = justo = legítimo = lídimo = autêntico = exacto = perfeito = completo = acabado = exausto = gasto = dispêndio = despesa = consumo = saída = partida = pirraça = desfeita = ofensa = lesão = dano = estrago = deterioração = ruína = degradação = aviltamento = depreciação = menoscabo = desdém = orgulho = soberba = altivez = sobranceria = arrogância = presunção = conjectura = suposição = hipótese = condição = distinção = preferência = predilecção = diferença = dissemelhança = desigualdade = irregularidade = falta = escassez = míngua = penúria = indigência = carência = necessidade = coacção = exigência = requisito = condição = carácter = marca = cunho = feição = figura = aspecto = semblante = rosto = cara = atrevimento

É sempre bom ter o dicionário por perto quando nos sentimos mais frágeis… Será?

Tuesday, January 17, 2006

Desabafo contido...

Porquê?

Porque é que as coisas tomam o rumo que não queremos e mesmo assim nada fazemos para impedi-las?

Porque é que tudo volta ao mesmo?

Será sempre assim?

Será que o problema é meu?

Se calhar a vida é mesmo um ciclo e cada pessoa tem uma frequência adequada, sendo a minha muito elevada.

Tenho saudades… De quê? De tudo!

A moral nasceu noutros tempos, hoje em dia apenas perdura porque já não nascem morais, apenas falsos moralistas…

Friday, January 06, 2006

Dia um

Data: 19 de Novembro de 2005. É chegado o dia de início da viagem ao Egipto! O dia começa cedo com um 1º percurso a pé desde o Campus Universitário de Aveiro até à estação, pelas cinco e pouco da matina, tendo a chuva e a bagagem como acompanhantes. Os sapatos começam a ficar molhados, dando lugar às meias e por sua vez aos próprios pés, à medida que chovia cada vez mais.

À chegada à estação a precipitação começa a ser menor, compro o bilhete de comboio para Lisboa e vou até à pastelaria mais próxima, tentando recompor-me da fome e do calor que entretanto se apoderou pelo meu corpo. Após uma água e um rissol do dia anterior deixo o guarda-chuva no café e sigo para a linha 4 a fim de esperar pelo comboio.

A viagem até à capital de Alfa Pendular, durou cerca de 2 horas e meia, e oscilei entre a leitura e sonhos leves, parecendo um autêntico zombie, se é que eles são assim…

Sai na estação do Oriente e entrei no primeiro táxi rumo ao aeroporto da Portela, onde já estavam as minhas irmãs, cunhado e um amigo, vindos da Ilha da Madeira nessa manhã. O voo era só às 15 horas, fui cedo demais, mas isso é secundário, a excitação era grande por reencontrar quem gosto muito e já não via há algum tempo, bem como pela própria viagem até uma cultura bem diferente.

Lá fizemos o check-in, despachando a bagagem que ia no porão e fomos ao duty-free comprar umas garrafas de álcool para o nosso bar privado, entre vodka e martini.

Passámos pelo controlo de bagagem de mão, algumas pessoas tiveram que tirar o cinto e as botas, felizmente não tive essa experiência.

O avião da “Air Memphis” descolou finalmente rumo ao país que é atravessado pelo rio Nilo, o país das tão conhecidas pirâmides e da estátua de Gizet. Após cerca de 5 horas voo, aterrámos no aeroporto de Hurghada, cidade que fica ao largo do Mar Vermelho, a Nordeste do Egipto. Foi provavelmente a pior viagem que fiz de avião… A fome imperou nos passageiros do voo Lisboa – Hurghada do dia 19 de Dezembro de 2005, facto que deve repetir-se vezes sem conta em todos os voos de longa duração da companhia “Air Memphis”…

No aeroporto todos os trabalhadores eram homens. Mulheres? Só passageiras.

Depois de cumprir com os formalismos do passaporte e de atribuladamente reaver a bagagem do porão, ida de autocarro até ao Hotel, isto quando já passava da meia-noite, hora local, 2 horas a mais que em Lisboa.

No “Club Marmara”, hotel de 4 estrelas, esperavam-nos os cozinheiros com um banquete variadíssimo, nós estávamos esfomeados mesmo!

Apesar da viagem e de todo o cansaço, ainda resistimos até cerca das 4 da manhã entre conversas e provas das bebidas egípcias até o sono falar mais alto…