Monday, November 14, 2005

Meant to Be

Destino… Essa palavra invocada vezes sem conta, interpretada de mil e uma maneiras pelos mais variadíssimos povos e culturas, quando abordam o futuro ou relembram o passado ou constatam o presente…

Estava eu a calçar-me, enquanto um tal de Jorge Palma cantava com o acompanhamento de um piano, quando comecei a pensar nessa palavra estranha. As notas musicais começaram a soar de modo pouco comum, como se o efeito de Doppler estivesse presente, mas não fazia sentido, eu estava parado, as colunas da aparelhagem encontravam-se imóveis, só então tudo fez sentido, era o meu pensamento que não parava quieto, era ele que fazia distorcer a melodia que eu ouvia.

Fui à procura do dicionário, ainda semi-descalço, e pude ver o destino, não no verdadeiro sentido da acção, mas do significado:

“fim para que tende uma acção ou um estado; fim; curso da existência das coisas, mas sobretudo, das pessoas e dos povos; poder misterioso, mais ou menos personificado, que fixaria de maneira irrevogável o curso dos acontecimentos; fatalidade; sucessão de factos que se supõem fatais; rumo; fado; serventia; aplicação; lugar a que se dirige alguém ou alguma coisa; direcção.”

Acabei por me vestir enquanto, tentando ser versátil, arrumei o dicionário no seu lugar habitual, ao lado dos restantes dicionários de outras línguas estrangeiras. O Jorge calou-se, bem como os instrumentos que, harmoniosamente lhe faziam frente, umas vezes aguerridos, outras mais suaves, provocando em mim uma certa tranquilidade, enquanto reflectia na palavra.

O destino é o acaso positivo e negativo? Será que o destino é a explicação para tudo? Estará ele sempre presente? Perguntas a que só o destino o responderá...?

Sunday, August 14, 2005

amor...

Qual sentimento profundo, qual força da natureza, acredito no amor e na sua pureza...
Ele dá-me forças, ele dá-te a mim, ele dá-me a ti e gosto que seja assim...
Faz-me pensar, faz-me não conseguir sequer pensar, é bom amar...
Traz a felicidade e traz a dor, esse transporte que é o amor...

Saturday, May 07, 2005

Palavras para quê?

"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Mensagem de Miguel Sousa Tavares, após a morte da sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andresen, escritora reconhecida pelo seu trabalho realizado.

Monday, April 11, 2005

Escrevo… mas não quero limitar-me a escrever…

Quero expressar o que sinto e não o que quero sentir, quero sentir o que expresso, para ser verdadeiro. Quero ser verdadeiro, não, não quero ser verdadeiro. Pois verdadeiro faz parte do que me defino. Sinto alegria dentro de mim e ao mesmo tempo tristeza. Há um misto de sentimentos, que são incompatíveis, provocando grande celeuma no meu âmago! Por um lado sinto alegria por amar-te e sentir-me amado por ti, que és a gota cristalina, que cai numa manhã de Primavera e brilha ao reflectir o sol matinal. Por outro lado, sinto um vazio, por imaginar-te longe, deixar de ver a gota que me encanta…
Amo-te… mas não quero limitar-me a amar… quero-te junto de mim!