Monday, January 10, 2011

Svanire

Tintos de fado, saudade e alegria
Simplicidade de momentos oportunos
Soturnos encontros com a noite até ser dia
O tempo é alheio ao percurso que calcorreio
Jornadas sem freio e bancos de jardim para afago da minha mente

HOJE MEU AMOR

Hoje, meu amor, esquece o meu nome
Não me esperes mais que eu vou para a rua
Fugir de mim, beber, gritar à Lua
Brincar de faz de conta até poder

Hoje digo a todos os meus medos
Que em noites de festa eu sou perfeito
E deixo em casa as mágoas e os segredos
Que pesam toneladas no meu peito

Sinto um recado no ar
Que os ventos da loucura te protejam
E os sonhos sejam sonhos que se vejam
Que vidas pequeninas temos nós

Sigo a voz que sopra aos meus ouvidos
Os mais lindos versos que há memória
E deixo-me ir no embalo dos sentidos
Sonhar dias de Sol, noites de glória

Sempre iguais, os dias continuam
Mal acaba a noite lá vou eu
Dizer-te que a manhã escondeu a Lua
E a voz dos versos desapareceu
O sonho que eu sonhava amanheceu
E a minha fantasia adormeceu

de Rui Vasco Neto