Friday, July 31, 2009

quero ouvir-te...
ouço e quero escrever-te
inspiras-me e quero-te para mim
aproximaste-te de mim
quero o teu sim e quero-te perto do meu fim
és o meu final trágico e banal
és meu final de agosto
o meu desgosto de verão
desgosto do fim deste meu não
que me desmente
e me deixa demente do meu ser
sedento da minha razão
anseio pelo meu sim
que é não aos teus olhos
deixa-me viver sozinho no chão

lume

A chama do isqueiro surge e acende o cigarro virgem
A chama desvanece e o cigarro arde com pujança
o fumo sai fluente ao som da música que ouço
a cerveja acompanha todo este processo
esgota-se aos poucos, escorrega no meu âmago
enhche-me de ilusões
o alcool baixa e as palavras surgem
desbotadas ao início mas fortes depois